Há quase um ano, mais de mil candidatos foram habilitados, mas ninguém foi nomeado
Em meio à polêmica reprovação de 100% dos candidatos no concurso de promotor de Justiça substituto, o MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) foi denunciado na Corregedoria nacional pela inércia na nomeação de aprovados para o cargo de analista judiciário, lançado em 2022.
Ou seja, mesmo em concurso que houve centenas de candidatos aptos a assumirem o cargo, o MPMS também não chamou ninguém.
O resultado do VI concurso para o quadro de servidores do MPMS foi homologado em julho do ano passado — quase um ano atrás — pelo PGJ (procurador-geral de Justiça) Romão Ávila Milhan Júnior.
Conforme publicado no diário do MP, somente para o cargo de analista foram mais de mil candidatos habilitados. No entanto, havia somente 5 vagas, sendo uma para candidatos negros.
Porém, quase um ano depois, a inércia do MP na nomeação dos aprovados gerou denúncia no CNMP (Conselho Nacional do Ministério Público).
Uma das candidatas que aguarda a nomeação entrou com o procedimento, que tem a seguinte ementa: “Quantidade de cargos comissionados. Prejuízo aos candidatos aprovados em concurso público. Inércia na nomeação”.
Dessa forma, o procedimento está no gabinete do conselheiro Edvaldo Nilo de Almeida, que relatará o caso.
Atualmente, o processo foi incluído na pauta da próxima sessão do plenário do CNMP, no dia 10 de junho, em que será analisado pelos conselheiros.
A reportagem acionou, oficialmente, o MPMS pelos canais oficiais de comunicação, para esclarecer a inércia na nomeação dos aprovados, mas não obteve retorno até esta publicação. O espaço segue aberto para posicionamento.
O concurso para promotor de Justiça substituto do MPMS teve prova preambular — primeira etapa — realizada em 24 de novembro.
No total, foram mais de 1,9 mil inscritos, que pagaram taxa de R$ 280 para participar do certame e concorrer a uma das dez vagas — entre ampla concorrência e cotas.
Os candidatos ainda passaram por mais filtros, como prova escrita, avaliação psicotécnica e investigação social.
A próxima e antepenúltima etapa seria a prova oral.
Assim, o PGJ realizou, na segunda-feira (2), sessão para divulgação do resultado das provas escritas, ou seja, dos habilitados para a próxima fase.
O resultado surpreendeu aos 180 candidatos que avançaram até então: todos haviam sido reprovados.
✅ Clique aqui para seguir o Jornal Midiamax no Instagram
Candidatos de concurso anterior denunciaram MPMS por falta de transparência e ‘lambanças’ com provas
Em 2023, o MPMS também promoveu concurso para promotor de Justiça substituto. O certame foi marcado por série de ‘lambanças’ e denúncias de falta de transparência por parte do órgão.
Conforme denúncia feita pelos candidatos, a equipe responsável pela avaliação perdeu as provas e as substituiu por folhas em branco, o que levou os candidatos a terem a prova zerada.
Em episódio que se assemelha com o relatado nesta semana, quatro candidatos descobriram que tiveram as provas zeradas. Eles alegaram que as folhas de resposta haviam sido substituídas por folhas em branco.
Então, eles denunciaram falta de transparência do MPMS na condução do concurso e, por fim, foram eliminados.
Sabe de algo que o público precisa saber? Fala pro Midiamax!
Se você está por dentro de alguma informação que acha importante o público saber, fale com jornalistas do Jornal Midiamax!
E você pode ficar tranquilo, porque nós garantimos total sigilo da fonte, conforme a Constituição Brasileira.
Fala Povo: O leitor pode falar direto no WhatsApp do Jornal Midiamax pelo número (67) 99207-4330. O canal de comunicação serve para os leitores falarem com os jornalistas. Se preferir, você também pode falar com o Jornal direto no Messenger do Facebook.
***
Fonte: midiamax.uol.com.br