Para Luiza Ribeiro (PT), os vereadores de Campo Grande devem abrir uma CPI da Agereg (Agência Municipal de Regulação dos Serviços). A sugestão é desta segunda-feira (2), durante oitiva de mais um diretor técnico da agência.
Depoentes convidados pela CPI do Consórcio Guaicurus divergem nos relatos e apontam até falta de ‘braços’ para realizar o trabalho de fiscalização. O diretor de Estudos Econômico-Financeiros da Agereg, Luciano Assis Silva, alegou a falta de servidores para análise de documentações do Consórcio, solicitadas pelo próprio setor da Agência.
“Nós começamos a fazer investigação, porém faltou braços”, disse na oitiva.
Enquanto isso, o Consórcio Guaicurus segue com o transporte público considerado precário pelos próprios usuários. A Comissão Parlamentar de Inquérito recebeu mais de 580 denúncias ao longo de pouco mais de três meses de canal aberto com a população.
Assim, a vereadora questionou o trabalho prestado pela Agereg e Agetran (Agência Municipal de Transporte e Trânsito) em Campo Grande. “Eu fico imaginando como é que estão as outras concessões, então você tem que fazer uma CPI da Agereg”, disse Luiza.
A vereadora defendeu que a conversa entre o Legislativo, Executivo, empresas e Tribunais existe, mas o trabalho de fiscalização é primário das agências. “Isso quem é técnico, quem é contratado, a estrutura da administração para corrigir e nos dar elementos técnicos é a Agereg e a Agetran”, pontuou.
Logo, disse que “enquanto nós não tivermos agências que assumam isso, não podemos ficar conversando”.
Descuidada
Luiza considerou os trabalhos como descuidados. “É como se tivesse completamente descuidada essa prestação de serviços”. Então, a vereadora disse que é necessária a investigação sobre a agência. “Não adianta você fazer uma CPI desse contrato”, defendeu.
Por fim, disse que há falha grave na fiscalização. “Então, assim, a gente precisa, sei que não é culpa do senhor individual, os prefeitos anteriores, a prefeita atual, todos levam esse contrato sem nenhum cuidado técnico. Isso é grave”, finalizou.
CPI recebe mais de 8 denúncias por dia
Desde que abriu canal para reclamações da população, a CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) do Consórcio Guaicurus já soma 581 denúncias sobre o transporte coletivo em Campo Grande. Logo, são mais de oito denúncias diárias desde 25 de março deste ano até esta segunda-feira (2).
Entre as denúncias, 501 foram por mensagens via WhatsApp, 32 por formulários preenchidos, 45 por e-mails enviados e 2 por ligações telefônicas. Além disso, registraram 1 denúncia de forma presencial.
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Fonte: midiamax.uol.com.br